E-fólio A
O autor que eu escolhi para elaborar uma pequena biografia e explicar o contributo das suas ideias para a psicologia do desenvolvimento; Jean Piaget.
Jean Piaget, nasceu na cidade suíça de Neuchatel, (em 1896 e morreu em 1980), desde muito novo que se começa a interessar por animais, ao ponto de apesar de só ter 10 anos, publicou um artigo num jornal sobre o pardal albino e durante a adolescência trabalhou num museu na secção de moluscos, ao mesmo tempo que publicava artigos sobre zoologia, com 21 anos licencia-se em Ciências Naturais e um ano mais tarde obtém o doutoramento em Zoologia.
Quando se muda para Zurique começa a suscitar-lhe o interesse pelo estudo da psicologia e psiquiatria. Neste âmbito inicia o seu trabalho em Paris com Alfred Binet, incidindo o seu estudo no desenvolvimento intelectual da criança.
Piaget vem a desenvolver a sua teoria na área da Epistemologia Genética, em que considerava a aquisição de conhecimentos como depende interacção das estruturas cognitivas do sujeito com os objectos (Cognitivismo).
E, foi através do diálogo com crianças, que Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo, chegando á conclusão que a criança atravessa vários estádios, ou seja, várias formas de pensamento.
Piaget considera que a criança deve atravessar os quatro estádios de desenvolvimento cognitivo de forma sequencial, ou seja, a criança só deve passar ao estádio seguinte depois de ter tempo de absorver toda aprendizagem do anterior.
Assim, Piaget considerou existirem quatro estádios de desenvolvimento cognitivo.
O primeiro é o Sensório-motor e que vai desde o nascimento até aos 2 anos, caracteriza-se por uma forma de inteligência prática, baseada nas sensações e movimentos, ou seja é baseado naquilo que ouve, vê e sente, de seguida começa a ter a noção da existência de objectos, progressivamente vai sedo capaz de agir de forma coordenada e assim atingir o fim pretendido, obter um objecto, no final deste estagio é quando adquire a capacidade representação mental e simbolização, que representa a permanência do objecto e a relação que se estabelece entre eles.
O segundo é o estádio Pré.-operatorio que decorre entre os 2 e os 7 anos, Este estádio também chamado pensamento intuitivo é fundamental para o desenvolvimento da criança. Apesar de ainda não conseguir efectuar operações, a criança já usa a inteligência e o pensamento. Este é organizado através do processo de assimilação, acomodação e adaptação.
No período em que predomina a assimilação, é o do jogo simbólico ou do faz de conta: como por ex: brincar aos pais, às escolas, o desenho que aos dois é só riscos sem nexo, aos três já lhe dá significado fazendo riscos na vertical, na horizontal, fazendo círculos etc, e aos quatro já consegue ser criativa e perceber o que desenha e sente (simbolismo).
Surge também o egocentrismo intelectual, onde a criança acha que os outros pensam e sentem da mesma forma que ela; o animismo: aqui a criança atribui aos objectos, pensamentos e emoções próprios dos seres humanos, ao mesmo tempo, que privilegia as percepções subjectivas, desprezando as objectivas
Assim, o pensamento é pré-operatório porque a criança não consegue efectuar operações mentais.
O terceiro estádio é o das Operações concretas: que decorre entre os 7 e os 12 anos, tem capacidades para realizar operações mentais, pois compreende que existem acções reversíveis, que é possível transformar o estado de um objecto, sem que todo o objecto mude, e depois reverter esta transformação, voltando ao estado inicial.
O quarto estádio é o das operações formais: que decorre entre os 12 e os 16 anos, neste já conseguem resolver com pensamento abstracto e com raciocínio hipotético - dedutivo.
Bibliografia:
Tavares, J. et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora
Questão nº 2
No âmbito da Unidade Curricular de Psicologia do Desenvolvimento, do primeiro ano da Licenciatura em Educação da Universidade Aberta, foi-me proposto a realização de uma sessão de Formação sobre a importância da Psicologia do Desenvolvimento.
A Instituição eleita foi a Escola onde frequentei o ensino básico.
Instituição – Agrupamento Vertical de Escolas do Alandroal
Tema – Importância da Psicologia do Desenvolvimento
Destinatários – Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento Vertical de Escolas do Alandroal
Duração – 45 mn
Objectivos - Que no final da sessão cerca de 75% dos Formandos ( Professores ) consigam verbalizar a diferença entre um enquadramento inatista da inteligência e uma concepção construtivista da inteligência
Recursos a utilizar – Será utilizado o computador portátil e o Datashow para projecção dos slides elaborados em powerpoint
Metodologia – Apresentação do Formador
- Apresentação dos Formandos ( Professores) e local de trabalho – 5 mn
- Apresentação do Tema - slide 1
- Objectivos da sessão – slide 2 - 2 mn
- Desenvolvimento do Tema – slides 3, 4, 5, 6, 7 - 30 mn
- Síntese da sessão – slide 8 – 5 mn
- Avaliação da sessão - 3 mn
Desenvolvimento do Tema:
Teorias implícitas do desenvolvimento humano / Teorias explícitas – as teorias implícitas dão-nos a forma como vemos o mundo e nos relacionamos com os outros, permite-nos ser reflexivos e críticos face ás nossas concepções de seres humanos, são construções mentais acerca da inteligência e que podem ser explicitadas; as teorias explícitas são os estudos científicos sobre a inteligência
Teoria do Dom Natural - a inteligência como um dom inato, hereditário determinado biologicamente em que as influências do meio – Família, escola não tinham influência
Concepção Construtivista – em oposição á teoria do dom natural ou inatista, em que o professor assume um papel importante no desenvolvimento e na forma como se relaciona com os alunos, na sua adaptação social, os estilos pedagógicos a adoptar e no desenvolvimento global dos alunos.
Será sem dúvida esta abordagem mais rica e aquela que permite aos professores optimizar as competências dos alunos, ao mesmo tempo que os ajuda a crescer experienciando vivências e aprendendo com os erros e “ crescendo” até se tornarem adultos capazes e interessados.
Bibliografia.
Adaptado de http://www.esenviseu.net/Recursos/Download/Tema_41/DesenvolvimentoIntelectual.htm [acedido a 5 Maio de 2009]
Tavares, J. et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora